9 de abril de 2024
Auditório Dean Acheson
Washington, DC

SECRETÁRIO BLINKEN: Bem, bom dia a todos. É, como sempre, um grande prazer ter o  ministro das Relações Exteriores Cameron aqui no Departamento de Estado, em Washington. Estávamos apenas juntos — literalmente sentados um ao lado do outro — nas reuniões da Otan que tivemos em Bruxelas na semana passada, mas tivemos uma conversa contínua e uma consulta contínua sobre os principais desafios que ambos nossos países enfrentam, e que enfrentam juntos, e hoje foi outro capítulo importante nessas conversas. 

(…)

Começando pela Ucrânia, é claro que reafirmamos o imperativo de continuar apoiando e ajudando a Ucrânia a se defender contra a agressão russa em curso. Devo dizer que o Reino Unido tem sido um líder extraordinário nesse esforço desde o primeiro dia, impondo sanções e controles de exportação à Rússia, e impedindo sua capacidade de continuar a financiar a guerra, aumentando os investimentos na base industrial de defesa. 

Esse é um grande esforço no qual nossos dois países estão envolvidos com muitos outros países, tanto para necessidades imediatas quanto para o futuro. Temos grandes empresas de defesa britânicas que estão abrindo escritórios em Kiev, trabalhando em conjunto com nossos amigos ucranianos, ajudando a Ucrânia a desenvolver seus próprios produtos de defesa. E o Reino Unido foi o primeiro país a formalizar e finalizar os acordos bilaterais de segurança que 30 países já concluíram as negociações ou estão em processo de negociação com a Ucrânia a fim de ajudar o país a desenvolver uma força futura — uma força que possa impedir agressões e se defender no futuro.

Conversamos sobre maneiras de fortalecer iniciativas que visam impedir a transferência de armas e materiais para a Rússia a serem usados na Ucrânia. E esse é um desafio constante, e vemos armas e também tecnologias cujo intuito é apoiar a base industrial de defesa na Rússia advindas da Coreia do Norte, do Irã e da China. Essa é uma área de preocupação especial não apenas para os Estados Unidos e o Reino Unido, mas para muitos de nossos aliados e parceiros em toda a Europa. 

Também falamos sobre a necessidade imperativa de obter assistência para a Ucrânia agora em termos de em termos de munições, defesas aéreas e artilharia adicionais. Ambos ouvimos, na semana passada, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Kuleba, falar na Otan sobre as necessidades imediatas. Nossos dois países estão pressionando a nós mesmos e a outros para que façam isso. E, sob essa perspectiva, a solicitação de orçamento suplementar que o presidente Biden fez ao Congresso é urgente e imperativa. A Câmara está de volta às atividades. Esperamos que isso seja apresentado à Câmara e que seja votado o mais rápido possível. 

E, mais uma vez, já disse isto antes, mas vale sempre a pena recordar que, no que se refere à partilha de encargos, nunca vi um exemplo melhor no meu tempo de governo — agora com mais de 30 anos. Os Estados Unidos têm feito coisas extraordinárias pela Ucrânia; nossos parceiros europeus e outros, para além da Europa, em todo o mundo, têm feito ainda mais nos últimos dois anos: apoio militar, apoio econômico, apoio humanitário. Portanto, há uma verdadeira partilha de encargos no que se refere a arcar com o fardo. Temos de continuar a fazer nossa parte. 

E, mais uma vez, recordo que a esmagadora maioria dos recursos do pedido de orçamento suplementar será efetivamente investida aqui mesmo, nos Estados Unidos, em nossa própria base industrial de defesa, para produzir o que a Ucrânia precisa, mas proporcionando, entretanto, bons empregos americanos.

Evidentemente, discutimos a situação no Médio Oriente e em Gaza. Israel assumiu compromissos importantes no sentido de aumentar significativamente o fornecimento de assistência humanitária em Gaza e tomou também algumas medidas iniciais visando cumprir esses compromissos. Estamos analisando uma série de coisas importantes que têm de acontecer nos próximos dias, incluindo a abertura de um novo ponto de entrada ao norte para a assistência a Gaza, utilizando Ashdod regularmente, maximizando o fluxo de assistência advindo da Jordânia, bem como a criação de um mecanismo de desconflito muito mais eficaz com os grupos humanitários que estão prestando assistência. 

Ainda ontem, mais de 400 caminhões foram autorizados a entrar em Gaza, e esse é o maior número desde 7 de outubro em qualquer dia. Mas o que importa são os resultados, e os resultados sustentados, e é isso que vamos analisar com muito cuidado nos próximos dias. E isso inclui garantir que a assistência que chega a Gaza seja distribuída de forma eficaz em toda Faixa de Gaza, e não apenas no sul ou no centro de Gaza. Tem de chegar ao norte também.

É claro que temos nossos próprios cidadãos que continuam reféns em Gaza, detidos pelo Hamas. Continuamos a trabalhar em estreita colaboração com Israel, com o Egito e com o Qatar na obtenção de um acordo que resultará em um cessar-fogo imediato, na libertação de reféns e também na criação de condições ainda melhores para o aumento da assistência àqueles que dela necessitam em Gaza.

(…)


Veja o conteúdo original: https://www.state.gov/secretary-antony-j-blinken-and-united-kingdom-foreign-secretary-david-cameron-at-a-joint-press-availability-2/ 

Esta tradução é fornecida como cortesia e apenas o texto original em inglês deve ser considerado oficial. 

U.S. Department of State

The Lessons of 1989: Freedom and Our Future